terça-feira, fevereiro 20, 2007
Soneto de Carnaval
Distante o meu amor, se me afigura
O amor como um patético tormento
Pensar nele é morrer de desventura
Não pensar é matar meu pensamento
Seu mais doce desejo se amargura
Todo o instante perdido é um sofrimento
Cada beijo lembrando uma tortura
Um ciúme do próprio ciumento.
E vivemos partindo, ela de mim
E eu dela, enquanto breves vão-se os anos
Para a grande partida que há no fim
De toda a vida e todo o amor humanos:
Mas tranquila ela sabe, e eu sei tranquilo
Que se um fica o outro parte a redimi-lo.
Vinicius de Morais - poeta brasileiro
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7 comentários:
Um óptimo carnaval para voçês todos, divirtam-se!!!
:)
É só uma vez por ano!
Abraço e beijo
Bonito soneto!
Bom carnaval!
El amor que de una forma u otra sin querer nos hiere...
Saludos
Olá minha querida e doce lusófona, estou apassar pelo teu cantinho para te desejar um optimo feriado cheio de alegria.
é verdade, eu já te tinha pedido se me deixavas tirar a tua foto para colocar na minha "galeria de amigas"?
Mil jinhos
Vinícius, romântico e arrebatado Vinícius... Bela escolha.
Quanto ao carnaval, aqui em Salvador é tão loooongo que até se torna entediante, acredite!
Um abraço,
Martha
Belo, Belo e Verdadeiro!!
Cada segundo sozinhos parece uma eternidade, cada segundo acompanhados o Paraíso que nos completa.
E um dia... um dia caminharemos de novo sozinhos para nos reencontrarmos logo logo!!
Beijinho
Esse é um dos sonetos que eu mais gosto,pois não é tão complicado como outros.Tem certeza que quando Vinicius fez esse soneto ele estava muito espirado.
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