Cinzento
É tanto teu o tempo. Tão nosso.
Conversa de resto esquecida
ainda não sei se posso
lembrar a estória proibida.
Que qualquer Deus te comanda. Bem sei.
A coragem nasce da loucura
sarando as feridas do que sonhei
para o regresso urgente da ternura.
Queríamos mais. Reconheço em ti.
O cinzento da manhã nasce na cama
já não sei se sofri o que sofri
desejos inflamados por tua chama.
É tanto o ser agora. Talvez jamais.
Cercas muros grades construídas
escrevemos tantas coisas nos murais
mestres em ilusões vencidas…
Vang – poeta angolano
10 comentários:
Este poema Hoje tudo tem a ver cmg...melhores dias virão!
Obrigado pela tua visita e volta sempre...*beijinho*
É um poema bonito.
"escrevemos tantas coisas nos murais
mestres em ilusões vencidas…"
Tal qual é a vida...
Ilusória e, por ironia, tão desiludida!
Excelente texto...
Beijooo!
=)
A vida é feita de ilusões... mas também sem sonhos a vida seria ainda mais cinzenta.
Beijinhos
muuuito bom!
beeijo
Querer...tudo e mais um pouco....
É assim que me encontro hoje, como na poesia...
beijo.
Pequena correcção ao post: é que o Vang reside a maior parte do tempo em Portugal (Almada) mas tem nacionalidade angolana. E, por acaso, nasceu em Hamburgo (Alemanha). Mas de alemão é que ele não tem nada... digo eu
Um abraço do
António Vitorino
(amigo do poeta em questão)
Que possa ser um cinzento... mas um cinzento que a qualquer momento se tornará branco :)!
*Beijinhos*
Não sei quem é Vang, mas adorei.
Esse cinzento é iluminado. Adorei.
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