segunda-feira, abril 09, 2007
O Convertido
Entre os filhos dum século maldito
Tomei também lugar na ímpia mesa,
Onde, sob o folgar, geme a tristeza
Duma ânsia impotente de infinito.
Como os outros, cuspi no altar avito
Um rir feito de fel e de impureza…
Mas um dia abalou-se-me a firmeza,
Deu-me um rebate o coração contrito!
Erma, cheia de tédio e de quebranto,
Rompendo os diques ao represo pranto,
Virou-se para Deus minha alma triste!
Amortalhei na Fé o pensamento,
E achei a paz na inércia e esquecimento…
Só me falta saber se Deus existe!
Antero de Quental - poeta português
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9 comentários:
Saudades me fizeram vir .e como sempre leio belas palavras. Sabes bem escolher os poetas e suas obras.
Grande Paz!
Ankh
Poema muito forte e emotivo,excelente escolha tanto do poema como do autor.
Boa semana
Bjs Zita
Excelente escoha. Nao conhecia.
Bjs meus
Adorei o poema vim agradecer a visita bjo
Belo poema em tempo belo!
Acredito que Deus existe, sempre que o homem se torna melhor!
Um grande abraço.
Intenso, mas cheio de dor...
Beijo, querido.
Religião, crença, fé: temas de muitas discussões.
beijos
nciUm poema muito forte, sim por que primeiro a consciência da nossa impotência sobre certas coisas e depois a dúvida da existência de Deus... Creio que também eu compartilho desses devaneios poéticos...
Beijos, e te cuida!!!! Boa referência!!!
"Amortalhei na Fé o pensamento,
E achei a paz na inércia e esquecimento…
Só me falta saber se Deus existe!"
Na calma ou na adversidade, a paz sempre vem pra quem a busca...
Deus é também assim, existe pra quem o procura, pra quem nele crê!
Excelente texto!
=)
Beijão Nelson!
Boa semana!
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