sábado, outubro 13, 2007

Os Elementos

Pintura de Ivone Ralha


O vento abençoou-me,
permitiu-me sentir-te,
deixou-me inalar-te.
O vento levou-me para ti,
junto a mim estás.

Arco-íris avisto de perto,
transparecendo a esperança,
de um dia colmatar o vazio de dentro.

Estou privado da liberdade,
estou maravilhado por ti primor,
quero propinar-te a minha paixão,
quero diluir-me contigo:
tornarmo-nos um ser único.

Olho o mar e o arco-íris,
traduzindo o que nele se reflecte.
Talvez seja no mar
que encontre respostas.

O meu sentimento por ti é primoso
é mais que sincero
é mas que puro
é parte de mim.

Nelson Ngungu Rossano - poeta neo-afro-lusomestiço

21 comentários:

Paula Calixto disse...

A bênção, o arco-iris e o estar privado de liberdade é o mais livre, colorido e protegido que se possa estar quando envolvidos pelo Amor!

Linda poesia! Não conhecia.

Beijos

JM disse...

Belo este poema em que expões um belo sentimento.
Gostei muito da pintura também ;)

Kandandu

L.S. Alves disse...

Nota-se que a paixão te inflama a inspiração.
.
Boa sorte com a vida e até a próxima.

Lusófona disse...

Uma entrega sincera e muito bonita!

Beijinhos e dias felizes

Fátima disse...

Muito bom o poema!
Que grande paixão...

:-) Beijinhos

almada disse...

Parabéns pelo blog e pelos poemas

Anónimo disse...

LINDO AMEI
BJO
CARLA GRANJA

Chellot disse...

Um sentimento assim que abraça todos os elementos só poderia ser primoso.

Beijos de água.

jguerra disse...

Olá. Há muito que por aqui não passava, e que saudades! Adoro quando dizes: "Olho o mar e o arco-íris,
traduzindo o que nele se reflecte.
Talvez seja no mar
que encontre respostas."

Procuramos tantas vezes no mar... chegaste a ver, bem lá no cantinho do arco-íris?

Um abraço

Lia disse...

A entrega total está aqui bem presente...continua...
Deixo.te um beijo

Luís Galego disse...

quero diluir-me contigo:
tornarmo-nos um ser único.

felizardos a quem isso realmente acontece...

L.S. Alves disse...

Nelson feliz natal pra você e felicidades em 2008.
Um abraço.

Armando Rocheteau disse...

Bom 2008 e que regressem os posts

Lord of Erewhon disse...

Acabaste com o blog? Se sim, é pena.

Espero que esteja tudo bem contigo.
Abraço!

Anónimo disse...

Nelson, por onde andas, querido?
Vim avisar que estou de volta a esse mundo virtual.
Não demore!

Saudades!
beijos.

_lara_ disse...

Um abraço consegue dizer muito, muito mesmo!Das melhores coisas que posso sentir!

Como sempre, Gosto de te ler!
Tenho andado muito distante, e as saudades bateram e voltei a ese nosso "Mundo" de palavras...


Um beijinho grande, voltarei****

Phiwuipa disse...

Uma ÓPTIMA Páscoa!!

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*Beijinhos*

Sandra Fonseca disse...

Encontrei-o por acaso, encanto acaso.
Linda a poesia que fazes e generosa a sua amizade por trazer outros poetas.
Prazer em conhecer,
um abraço,
Sandra.

quanto pesa o vento? disse...

as tuas palavras deixam-me sem palavras.

parabéns.

Teste Sniqper disse...

Quem conhece a sua ignorância revela a mais profunda sapiência. Quem ignora a sua ignorância vive na mais profunda ilusão.

Groucho KCarão disse...

O comentário não é bem sobre a poesia, maz não tem otra forma d'eu explicitah isso no blog, entãuce, vai aqi mermo. Não tô no direito di falah sobre tua poesia, porqe acesso a internet fora di casa, e acaba nun seno nada agradave ficah leno poesia, não tem clima pra isso. Quando eu puseh internet em casa, vô leh. Por ora, vô botah um linqe pro teu blog no meu. E gostaria qi tu fizesse o mermo com o meu, ô pero meno desse ua conferida nele. Minhas poesia são escrita na linguage populah do Brasil. Eu procuro usah sempre termo di orige africana: do qimbundo, do iorubá, ô di qualqeh otro indioma. Nóis, brasilêro e angolano (entre otros), temo em comum, mais qi o indioma Portuguêis, o passado di exploração portuguesa. Por isso (e por otros motivo bem mais amplo), costumo travah um certo combate - qi ao mermo tempo é um diálogo - com a erança portuguesa na cutura brasilêra. Gostaria di sabeh tua opinião cum relação à unicidade da lingua entre Portugal e suas ex-colonha. E qeria ua informação lingüística, si pudeh me ofereceh: o "dele" (alma), do qimbundo, si nun me engano, se pronuncia cum "ê" ô cum "é"? Aberto ô fechado? Brigado. Axé.