A Meu favor
A meu favor
Tenho o verde secreto dos teus olhos
Algumas palavras de ódio algumas palavras de amor
O tapete que vai partir para o infinito
Esta noite ou uma noite qualquer
A meu favor
As paredes que insultam devagar
Certo refúgio acima do murmúrio
Que da vida corrente teime em vir
O barco escondido pela folhagem
O jardim onde a aventura recomeça.
Alexandre O’neill – poeta português
Em, «Poesias Completas 1951-1986»,
Imprensa Nacional, Lisboa, 1990.
1 comentário:
blog pretensioso
fantástico!
li alguma parte e achei muito bons, sanguinários de tão!
Ode a verdadeira poesia
Parabéns!
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